Um tipo de gordura que, ao invés de acumular energia, ajuda a queimá-la, o chamado tecido adiposo marrom (TAM), descobriu que ela pode ocorrer naturalmente no organismo de pessoas concebidas durante a estação fria do ano.
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A pesquisa, publicada na revista Nature Metabolism, avaliou quatro coortes separadas, com um total superior a 500 pessoas. A partir das datas de nascimento dos participantes, os autores estimaram a data de concepção de cada um.
Em seguida, as estimativas foram cruzadas com dados climáticos e metabólicos, para investigação de possíveis relações com o tecido adiposo marrom e outros indicadores como gasto de energia, IMC e gordura abdominal.
Na coorte 1, composta por 356 jovens japoneses saudáveis, os pesquisadores descobriram que aqueles que foram concebidos em uma estação fria apresentaram uma atividade relativamente maior do TAM na vida adulta. Tais fatores indicam que razões ambientais influenciam o metabolismo no longo prazo.
Além de maior atividade do TAM, os participantes dessa primeira população analisada revelaram algumas características indicativas de melhor saúde metabólica geral, como maior gasto energético, redução do IMC e menor acúmulo de gordura visceral ao redor dos órgãos.
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Na segunda investigação, os autores confirmaram “associações modestas, porém significativas” entre a concepção durante estações frias e maior atividade do tecido adiposo marrom. De acordo com os modelos desenvolvidos pela equipe, foi o aumento da atividade do TAM o principal fator que desencadeou os demais benefícios metabólicos observados.