O hidrogênio é usado como fonte de energia em processos industriais de alta temperatura, e embora esse uso contribua para a redução das emissões de gases do efeito estufa, a produção dela é feita por eletrólise, que consome grandes quantidades de energia.
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Deste modo, foram desenvolvidos métodos para produzir o chamado “hidrogênio verde”. O novo reator solar, projetado e testado pela Organização de Pesquisa Científica e Industrial da Commonwealth (CSIRO), na Austrália, pode ajudar a transformar esse cenário.
O reator, denominado “beam-down” (em tradução literal, “feixe para baixo”), utiliza energia solar para produzir hidrogênio de forma mais limpa e eficiente. Uma estrutura revestida com espelhos móveis concentra a luz solar e a reflete para o topo de uma torre central.
Essa torre redireciona a luz concentrada para baixo, aquecendo um reator solar localizado na base. Esse é o princípio do sistema beam-down. Dentro do reator, existem partículas de um óxido metálico chamado cério dopado, que tem a capacidade de absorver e liberar oxigênio com maior eficiência. Essa modificação permite que o cério realize reações químicas a temperaturas mais baixas do que as normalmente exigidas.
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O reator é projetado para dividir a água em hidrogênio e oxigênio, com o auxílio do catalisador de cério dopado, que retira parte do oxigênio da molécula de água, e assim que o sistema é exposto ao vapor d’água, o óxido absorve o oxigênio, liberando o hidrogênio, que pode então ser coletado.