James Harrison, um australiano, já salvou a vida de 2,4 milhões de bebês. Ele possui um tipo sanguíneo raro, conhecido como “sangue dourado”. Esse sangue é especial porque não contém nenhum dos 61 antígenos Rh. Harrison doou seu plasma por 60 anos. Ele se aposentou em 2018.
O sangue dourado tem um anticorpo crucial chamado Anti-D. Essa substância ajuda a fabricar uma vacina que salva vidas. A vacina é administrada em mães que correm risco de ter a doença de Rhesus. Essa condição pode fazer com que o sangue da mãe ataque o feto, causando a Doença Hemolítica Perinatal (DHPN). Essa doença pode resultar em anemia, aumento do fígado e do baço, danos cerebrais e até morte em recém-nascidos.
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Menos de 50 pessoas no mundo possuem esse tipo de sangue raro. Os cientistas identificaram o primeiro caso em 1961, em uma mulher indígena australiana. Desde então, eles descobriram que esse tipo de sangue ocorre em 1 a cada 6 milhões de pessoas. Os especialistas consideram o sangue Rh nulo universal para transfusões, pois ele não provoca reações imunológicas.
No entanto, ser portador de Rh nulo apresenta desafios. Encontrar um doador compatível pode ser difícil. Outros tipos de sangue são incompatíveis, pois possuem antígenos que o sangue dourado não tem. Além disso, os glóbulos vermelhos sem proteínas Rh podem apresentar anormalidades e se romper facilmente.
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Harrison descobriu que tinha esse tipo raro de sangue aos 14 anos, após uma cirurgia delicada que exigiu transfusões. Desde então, ele dedicou sua vida a ajudar os outros. Ao se despedir das doações, ele disse: “É um dia triste para mim.” James Harrison é um verdadeiro herói. Sua generosidade salvou milhões de vidas.