Um artigo científico revelou que campos magnéticos, como os imãs, podem facilitar a extração de um recurso vital para a vida humana no espaço.
Segundo foi publicado na revista Nature Chemistry, a proposta do novo estudo se baseia em uma técnica conhecida como eletrólise, processo no qual eletrodos mergulhados na água, conectados a uma corrente elétrica, separam as moléculas de oxigênio e hidrogênio.
Na Terra, as bolhas desses gases sobem naturalmente, pois são menos densas que o líquido. No espaço, porém, não existe “para cima”, e as bolhas ficam presas nos eletrodos, atrapalhando o processo.
Atualmente, o sistema utilizado em órbita depende de centrífugas, que forçam a separação das bolhas. Apesar de funcional, esse método exige equipamentos maiores, mais complexos e que consomem bastante energia. A interação entre a eletrólise e o campo magnético gera um movimento giratório, semelhante ao produzido mecanicamente por centrífugas.
“Pode-se pensar que extrair bolhas de gás de líquidos no espaço é tão simples quanto abrir uma lata de refrigerante aqui na Terra. No entanto, a falta de flutuabilidade torna o processo de extração incrivelmente difícil, prejudicando o projeto e a operação dos sistemas de produção de oxigênio”, disse o professor Álvaro Romero Calvo, do Instituto de Tecnologia da Georgia, nos EUA, coautor do estudo, em comunicado.
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“Neste artigo, demonstramos que duas interações magnéticas amplamente inexploradas – diamagnetismo e magneto-hidrodinâmica – fornecem um caminho interessante para resolver este problema e desenvolver arquiteturas alternativas de produção de oxigênio”, declarou ele.