A inseminação artificial de um leopardo-de-amur realizada na França trouxe novas esperanças para a sobrevivência do felino mais raro do planeta.
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O procedimento inédito foi feito com Khala, uma fêmea de 15 anos do Zoológico de Mulhouse, próximo à fronteira com a Alemanha, e pode representar um avanço importante para os programas de reprodução em cativeiro.
Os leopardos-de-amur são nativos das margens do rio Amur, na fronteira entre Rússia e China, e acredita-se que restem apenas algumas dezenas de exemplares em estado selvagem. A experiência com Khala foi conduzida por uma equipe de sete veterinários e coordenada por Benoit Quintard, diretor do Zoológico e Jardim Botânico de Mulhouse e coordenador do programa europeu de reprodução da espécie.
Antes da cirurgia, Khala precisou ser sedada, resistindo à aproximação do rifle usado para aplicar o anestésico. Nos minutos seguintes, o animal já estava deitado na mesa de operação, cercado pelos profissionais. Naquela mesma manhã, ela havia copulado novamente com Baruto, um macho de 14 anos e 15 quilos mais pesado, mas sem sucesso reprodutivo até então.
Um exame de ultrassom revelou que ela havia ovulado, mas, também, apresentava cistos no útero. “Acredito que haja 50% de chance de ela engravidar agora”, avaliou Susanne Holtze, colega de Hildebrandt no Instituto Leibniz. Depois de uma pesagem e uma última injeção, Khala acordou e foi devolvida ao recinto, com a esperança sendo de que, em três meses, possa dar à luz a um filhote raro.
