Pela primeira vez, a inteligência artificial conseguiu identificar, confirmar e classificar uma supernova, sem intervenção de pesquisadores científicos para a constatação.
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O sistema, nomeado de Bright Transient Survey Bot (BTSbot), foi desenvolvido em colaboração internacional liderada pela Northwestern University e obteve sucesso ao identificar um objeto celeste originado após a explosão de uma estrela, em outubro de 2023.
Os testes tiveram início com o sistema analisando dados da Zwicky Transient Facility (ZTF), tecnologia de pesquisa do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) que reúne uma câmera robótica para analisar o céu noturno em busca de supernovas. A tecnologia conseguiu identificar a explosão estelar SN2023tyk e enviou os dados para o telescópio robótico SED Machine do Observatório Palomar, que analisou as informações do BTSbot.
Na sequência, as informações foram transferidas para o SNIascore, outro sistema de IA da Caltech que conseguiu determinar o tipo de supernova. O resultado definiu que a SN2023tyk se originou de uma “explosão termonuclear de uma [estrela] anã branca ou o colapso do núcleo de uma estrela massiva”.
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“Alcançamos a primeira detecção, identificação e classificação totalmente automática de uma supernova no mundo. Isto agiliza significativamente grandes estudos sobre supernovas, ajudando-nos a compreender melhor os ciclos de vida das estrelas e a origem dos elementos criados pelas supernovas, como carbono, ferro e ouro”, declarou Nabeel Rehemtulla da Northwestern, que co-liderou o desenvolvimento da tecnologia.