Os resultados mais recentes da missão Juno, da NASA, foram apresentados na Assembleia Geral da União Europeia de Geociências, em Viena, na Áustria. A espaçonave, que investiga Júpiter desde 2016, trouxe constatações importantes sobre o planeta.
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Dentre as mais marcantes, Juno detectou uma névoa fria na alta atmosfera, 11 °C mais gelada que as áreas ao redor. Em volta dessa névoa, ventos fortes, chamados correntes de jato, circulam a mais de 160 km/h.
Esse ciclone é cercado por oito ciclones menores, cada um medindo entre 2.490 e 2.800 quilômetros – sendo todos maiores do que qualquer furacão já visto na Terra. Sob uso de câmeras ópticas e sensores infravermelhos, a sonda Juno acompanha esses ciclones há quase dez anos. Os instrumentos principais usados para isso são a JunoCam e o mapeador JIRAM (sigla em inglês para Mapeador Auroral Infravermelho Joviano).
Em uma nova descoberta subterrânea, foi relatado sinais claros de magma sob a crosta de Io. Combinando o Radiômetro de Microondas (MWR) com o JIRAM, a equipe conseguiu medir a temperatura abaixo da superfície, tendo como resultado indicador fluxos de lava ainda quentes, circulando sob a crosta.
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Agora, os pesquisadores acreditam que os fluxos em resfriamento ajudam a manter os vulcões ativos, sendo que cerca de 10% do subsolo de Io parece estar envolvido nesse processo, o que mostra como o calor gerado dentro da lua é transferido até a superfície.