Uma equipe de pesquisadores brasileiros descobriram compostos químicos presentes em esponjas marinhas com potencial de eliminar o parasita causador da malária.
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Provocada por protozoários e transmitida por picadas de mosquitos do gênero Anopheles, a malária é uma das doenças infecciosas que mais matam no mundo.
Os dois compostos (batzelladinas F e L) recém-descobertos apresentaram ação rápida contra os parasitas causadores da malária. A eficácia das substâncias foi comprovada por meio de testes realizados em amostras de sangue de pacientes e em camundongos infectados.
“São resultados robustos, que nos trazem esperança de um novo tratamento. Embora os compostos não tenham eliminado por completo os protozoários, eles podem servir de inspiração para a síntese de novas estruturas químicas com ação potencializada”, avaliou Rafael Guido, professor do Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (IFSC-USP) e coautor do estudo.
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Para Roberto Berlinck, professor do Instituto de Química de São Carlos (IQSC-USP), o achado evidencia a importância da biodiversidade brasileira, que vivencia riscos. “Não costumamos relacionar o impacto negativo das mudanças climáticas à descoberta de novos fármacos ou, mais especificamente, à cura de doenças. As esponjas Monanchora arbuscula vivem em um ambiente que está ameaçado com o aquecimento dos oceanos. Portanto, um produto natural que estamos apenas iniciando a investigação pode desaparecer”, alertou o pesquisador.