Um estudo científico revelou que medicamentos para transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) geram benefícios sociais e de saúde que vão além do controle dos sintomas.
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Para a constatação, pesquisadores do Instituto Karolinska (Suécia) analisaram dados de 148.581 pessoas, de 6 a 64 anos, diagnosticadas entre 2007 e 2018, acompanhadas por dois anos. Cerca de mais da metade iniciou tratamento em até três meses, sendo o metilfenidato o mais prescrito.
A equipe avaliou em torno de cinco desfechos: comportamentos suicidas, abuso de substâncias, lesões acidentais, acidentes de trânsito e condenações criminais. Dos medicados, houve reduções de 17% em tentativas de suicídio, 15% em abuso de substâncias, 12% em acidentes de trânsito e 13% em condenações criminais; lesões não tiveram variação significativa.
Para casos repetidos, as quedas foram ainda maiores, chegando a 25% no abuso de substâncias e nas condenações. Os adultos apresentaram maiores reduções em criminalidade e abuso de substâncias, enquanto mulheres tiveram queda mais acentuada nas condenações do que homens.
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O estudo utilizou “emulação de ensaio clínico” para redução de vieses, criando versões virtuais dos participantes com e sem medicação, ajustadas por dezenas de fatores. Ainda que não tenha comprovado casualidade, especialistas afirmam que a escala e o método fortalecem as evidências de que o tratamento pode trazer ganhos significativos para pacientes e comunidades.