Diagnosticar doenças raras é um dos maiores desafios da medicina moderna. Muitas vezes, o processo exige exames complexos, consultas especializadas e até procedimentos invasivos, sem garantia de resultado. Uma das principais estratégias é o sequenciamento do genoma completo do paciente — análise que pode levar até 12 semanas. Agora, a Microsoft aposta na inteligência artificial (IA) para encurtar esse caminho.
Em relatório divulgado recentemente, a empresa apresentou um protótipo de assistente de IA treinado para auxiliar na análise genômica. A ferramenta foi desenvolvida após entrevistas com 17 profissionais de genética, que detalharam as principais dificuldades enfrentadas no dia a dia.
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Segundo a Microsoft, a IA foi capaz de coletar e sintetizar grandes volumes de dados de diferentes fontes, reduzir o risco de erro humano e priorizar casos não resolvidos. Na prática, isso pode significar diagnósticos mais rápidos e eficientes para pacientes que, muitas vezes, enfrentam longos períodos de incerteza.
“Nos testes, a tecnologia mostrou potencial para apoiar médicos no diagnóstico de doenças genéticas raras”, destacou a companhia.
Embora os resultados sejam considerados promissores, a ferramenta ainda está em fase experimental. Os próximos estudos devem incluir casos reais para avaliar a eficácia em ambientes clínicos.
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A expectativa da Microsoft é que soluções desse tipo possam se tornar aliadas de profissionais de saúde, ajudando a personalizar tratamentos e reduzir o tempo de espera dos pacientes.
Especialistas alertam, no entanto, que avanços na área exigem cautela e validação científica rigorosa antes de serem incorporados à rotina médica.