













A esclerose múltipla é a doença mais registada entre os brancos do norte da Europa do que entre as populações do Sul do continente, e uma equipe internacional de pesquisadores afirma ter desvendado esse mistério sobre a doença autoimune.
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O estudo buscou associar variantes genéticas ancestrais à prevalência de esclerose múltipla (EM) em populações de pessoas brancas do norte da Europa. A pesquisa, que foi liderada por William Barrie da Universidade de Cambridge, foi publicada na revista Nature e oferece insights sobre a prevalência geográfica da doença.
O estudo constatou que até um quinto dos europeus do Norte carregam uma variante genética, HLA-DRB1*15:01, que triplica o risco de desenvolver esclerose múltipla. Além disto, a pesquisa identificou que os genes associados à doença autoimune parecem ter se originado na região das Estepes Pônticas, abrangendo a Ucrânia, sudoeste da Rússia e oeste do Cazaquistão.
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Os genes relacionados à doença passaram por uma “seleção positiva” nas populações antigas, aos quais sugerem que ofereciam vantagens de sobrevivência, apesar de sua associação moderna com declínio neurocognitivo, o que indica que a esclerose múltipla pode ser o resultado de uma adaptação genética a condições ambientais passadas.