Registros de óbitos ocasionados pela sensação de calor extremo não é nada fora da nossa realidade. Uma análise divulgada pelo The Lancet Countdown apontou que é esperado um aumento de cinco vezes no número de óbitos decorrentes das altas temperaturas.
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De acordo com o relatório, o calor extremo pode impactar a vida de muitas formas, das secas que podem se tornar mais comuns nas próximas décadas, até a propagação de mosquitos que podem transmitir doenças infecciosas.
O número de pessoas com mais de 65 anos que morreram devido ao calor aumentou 85% entre 1991-2000 e 2013-2022. “No entanto, estes impactos que vemos hoje podem ser apenas um sintoma inicial de um futuro muito perigoso”, disse Marina Romanello, diretora executiva do Lancet Countdown.
Considerando um aumento de dois graus Celsius até o fim do século, o que é menos do que as previsões atuais, as mortes podem aumentar 370% até 2050, ou seja, 4,7 vezes.
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“As pessoas que vivem nos países mais pobres, que muitas vezes são menos responsáveis pelas emissões de gases com efeito de estufa, estão a suportar o peso dos impactos na saúde”, disse Georgiana Gordon-Strachan, do Lancet Countdown. “O mundo está a mover-se na direção errada, incapaz de conter o seu vício em combustíveis fósseis e deixando para trás comunidades vulneráveis na tão necessária transição energética”, acrescentou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS).