As mudanças climáticas vão impactar o abastecimento de água no Brasil, e cidades brasileiras deverão ter, em média, 12 dias de racionamento de água por ano até 2050, com uma redução de 3,4% na disponibilidade de água ao longo do ano.
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Segundo o estudo Demanda Futura por Água em 2050: Desafios da Eficiência e das Mudanças Climáticas, divulgado pelo Instituto Trata Brasil, em parceria com a consultoria Ex Ante, as regiões onde os índices de chuva e o número de dias chuvosos já são mais baixos deverão enfrentar mais de 30 dias de racionamento.
A pesquisa considera que a temperatura máxima deverá aumentar aproximadamente 1 °C nas próximas duas décadas em comparação aos níveis observados em 2023, enquanto a temperatura mínima terá um acréscimo estimado de 0,47 °C.
A demanda futura até 2050 deverá crescer 59,3% em função do crescimento populacional, elevação das temperaturas e avanços econômicos, incluindo salários mais altos. A pesquisa também considera que a universalização dos serviços de abastecimento de água em todo o país será alcançada em 2033.
De acordo com os modelos estatísticos do estudo, quanto maior o grau de urbanização de uma cidade, maior o consumo diário per capita de água. A cada aumento de um ponto percentual na população urbana do município, espera-se um crescimento de 0,96% no consumo de água.
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Além disto, para cada grau Celsius adicional, a demanda por água cresce 24,9%. A umidade relativa do ar interfere no consumo per capita de água: quanto maior a umidade relativa do ambiente, maior o consumo. Na média das cidades brasileiras, a cada aumento de um ponto percentual na umidade relativa do ar, o consumo per capita de água cresce 3,6%.
