Uma nova pesquisa científica sugeriu que mulheres com menos de 50 anos que consomem grandes quantidades de alimentos ultraprocessados (AUPs) têm maior probabilidade de desenvolver pólipos intestinais que podem anteceder o câncer.
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Os produtos industrializados, geralmente ricos em gordura saturada, açúcar, sal e aditivos, possuem baixa densidade nutricional e já foram associados a doenças cardíacas e mortalidade precoce.
O estudo, publicado no JAMA Oncology, avaliou dados de 29.105 participantes do Estudo de Saúde das Enfermeiras II, nos EUA. Os pesquisadores identificaram 1.189 casos de adenomas convencionais de início precoce, um tipo comum de pólipo intestinal.
As mulheres que consumiam mais ultraprocessados apresentaram um risco 45% maior em comparação ao grupo que comia menos, mesmo após ajustes para fatores como IMC, atividade física e tabagismo. Todavia, não foi encontrada associação entre o consumo de AUPs e outro tipo de pólipo, as lesões serrilhadas.
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Os autores destacam limitações, como a dependência da memória alimentar e a dificuldade de classificar alimentos como ultraprocessados. O pesquisador Andrew Chan ressalta que os resultados apresentados não revelam que consumir ultraprocessados levará inevitavelmente ao câncer, mas contribui na explicação do aumento de casos intestinais em adultos jovens.
