Milhares de pessoas sofrem com a doença de Alzheimer ao redor do mundo, e mais de 1,2 milhão destas são brasileiros, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Um estudo feito foi capaz de constatar que o transtorno neurodegenerativo é mais frequente entre mulheres.
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Uma pesquisa feita em parceria entre cientistas brasileiros e americanos descobriu que as mulheres com a doença ou perda de memória leve (um quadro de risco para Alzheimer) têm níveis reduzidos de carnitina livre no sangue, e que “transforma gordura em energia”.
Os pesquisadores procuraram por carnitina nas amostras de sangue de dois grupos distintos. Foram cerca de 125 participantes que participaram ao todo, parte deles no Rio de Janeiro, parte na Califórnia, e reuniram pessoas saudáveis, com casos de perda de memória leve e pessoas com doença de Alzheimer.
“Muitos dos estudos que existiam até então, e isso felizmente está começando a mudar, usavam apenas populações caucasianas de países desenvolvidos, mas isso não necessariamente se reproduz em diferentes populações”, disse Mychael Lourenço, professor do Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ, pesquisador apoiado pelo Instituto Serrapilheira, e um dos líderes do estudo.
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A descoberta da pesquisa de que os níveis reduzidos de carnitina eram presentes só nas mulheres, e não nos homens, pode explicar porque a doença é mais prevalente entre as mulheres. Como a molécula é um biomarcador de Alzheimer para as mulheres associado ao desempenho cognitivo, os diagnósticos devem ser mais precisos com o indicador.
