A escocesa Jo Cameron, atualmente com 75 anos, despertou enorme interesse na comunidade científica ao apresentar duas mutações genéticas raríssimas nos genes FAAH e FAAH-OUT. Essas alterações, segundo especialistas, a tornaram quase imune à dor e ao medo, além de conferir uma cicatrização até 30% mais rápida que a de pessoas comuns.
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Tudo começou em 2013, quando Jo passou por uma cirurgia e não sentiu nenhuma dor, mesmo sem o uso de analgésicos. O fato surpreendeu os médicos e despertou o interesse de pesquisadores da University College London (UCL) e da Universidade de Oxford, que iniciaram uma investigação detalhada sobre seu DNA.
Conforme os estudos avançaram, os cientistas descobriram que a mutação no gene FAAH-OUT reduz a atividade do gene FAAH, responsável pela quebra da anandamida — um neurotransmissor natural conhecido como o “composto da felicidade”. Assim, os níveis dessa substância permanecem elevados, o que explica não apenas a resistência à dor, mas também o bem-estar constante e a capacidade de regeneração aprimorada que caracterizam Jo.
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As descobertas sobre o caso de Jo Cameron podem transformar o entendimento sobre controle da dor, cicatrização e saúde mental. Além disso, os cientistas acreditam que decifrar como essas mutações funcionam pode abrir portas para tratamentos inovadores contra dores crônicas, depressão e ansiedade, oferecendo uma nova esperança a milhões de pessoas ao redor do mundo.
