NASA identifica possível sinal de vida em rochas de Marte

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Cientistas da missão Perseverance, da NASA, anunciaram a descoberta de características em rochas marcianas que podem indicar vestígios de vida antiga no planeta vermelho. O achado foi feito no Vale Neretva, um antigo leito de rio que desaguava na cratera Jezero, região investigada pelo rover desde 2021.

As formações analisadas, conhecidas como Bright Angel, apresentam compostos à base de carbono e estruturas visuais — como manchas e pequenos nódulos — semelhantes às que, na Terra, costumam estar associadas à atividade microbiana.

“Esse pode ser o sinal mais claro de vida que já encontramos em Marte”, declarou Sean Duffy, administrador interino da NASA, durante coletiva em Washington.

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Assinatura, não prova definitiva

Apesar do entusiasmo, os cientistas reforçam que ainda não se trata de uma evidência conclusiva. De acordo com a Dra. Nicky Fox, administradora associada da agência, “é uma assinatura, um vestígio. Não é vida em si, mas pode ser um resquício de algo que existiu bilhões de anos atrás”.

Na Terra, minerais como vivianita (fosfato de ferro) e greigita (sulfeto de ferro), encontrados no Bright Angel, podem se formar em reações químicas impulsionadas por microrganismos. Porém, também existem processos puramente químicos capazes de gerar minerais semelhantes, o que mantém a interpretação em aberto.

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Próximos passos e incertezas

Para confirmar a origem biológica dos indícios, os pesquisadores defendem a análise das amostras em laboratórios terrestres. Contudo, o programa da NASA para trazer material de Marte enfrenta atrasos e cortes de orçamento, sem prazo definido para execução.

Mesmo assim, a descoberta reforça a hipótese de que Marte, hoje árido, já foi um planeta com rios e lagos propícios ao desenvolvimento da vida. “Se microrganismos chegaram a existir, seus sinais podem ter ficado preservados nessas rochas”, destacou Joel Hurowitz, geocientista da Universidade Stony Brook e autor principal do estudo.

O debate segue aberto, mas a comunidade científica já aponta o achado como um dos mais promissores na busca por respostas à velha pergunta: Marte já abrigou vida?

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