Um fóssil de uma ictiossaura prenha, presa em uma geleira no sul do Chile, pode influenciar no entendimento de como um supercontinente do passado se fragmentou e como o Oceano Atlântico surgiu.
++ Objeto interestelar é detectado visitando o Sistema Solar
De acordo com a pesquisa feita na Universidade do Texas em Austin, um desses deslizamentos atingiu um cânion submarino em Rocas Verdes, gerando fluxos turbulentos de sedimentos. “Provavelmente, esses deslizamentos podem ter aprisionado os ictiossauros e os arrastado para o fundo do cânion, soterrando-os em sedimentos”, declarou Judith Pardo-Pérez, professora associada da Universidade de Magallanes, no Chile, ao The New York Times.
Com o aumento das temperaturas, o gelo derreteu e os ossos ficaram expostos, permitindo que, em 2022, cientistas escavassem o fóssil praticamente intacto. O esqueleto foi batizado de Fiona, visto que o contato de uma cola usada para proteger o material com a vegetação das rochas deixou o animal com uma coloração esverdeada.
O fóssil estava em uma bacia próxima a uma série de vulcões, e rochas vulcânicas, ao contrário das sedimentares, podem ser datadas com precisão. Os pesquisadores analisaram uma camada de cinzas vulcânicas perto do local onde Fiona foi encontrada e determinaram que ela viveu e morreu há 131 milhões de anos.