Um novo estudo revela como a microgravidade afeta os espermatozoides. Pesquisadores da Universidade Técnica da Catalunha e do Hospital Universitário Dexeus, na Espanha, analisaram o impacto da gravidade zero na motilidade e vitalidade dos gametas humanos. Os resultados mostram que a movimentação dos espermatozoides fica prejudicada, o que compromete sua capacidade de alcançar o óvulo.
A pesquisa, publicada em outubro na revista Acta Astronáutica, descobriu que a velocidade curvilínea dos espermatozoides, ou seja, a rapidez com que se movem em direção ao objetivo, diminui no espaço. Isso reduz as chances de fertilização fora da Terra, criando desafios para a reprodução humana no espaço.
Essa descoberta sugere que, embora as tentativas humanas de colonizar outros planetas possam ser bem-sucedidas, a continuidade da espécie pode enfrentar dificuldades reprodutivas em ambientes com gravidade muito inferior à da Terra.
Como o estudo foi realizado
O estudo analisou 15 amostras de esperma humano. Metade das amostras foi mantida na Terra, enquanto a outra parte foi exposta à microgravidade durante voos parabólicos. Os resultados mostraram uma redução na motilidade e vitalidade dos espermatozoides enviados ao espaço.
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De acordo com a pesquisa, as consequências negativas poderiam ser ainda maiores se a exposição fosse mais longa. “Mais estudos são necessários antes que técnicas de reprodução assistida possam ser consideradas para avaliar a probabilidade de reprodução humana no espaço”, informaram os pesquisadores.