Um estudo científico propõe que a expansão do Universo pode já ter entrado em uma fase de desaceleração, o que contraria a visão dominante de que ela segue acelerando sob a ação da chamada energia escura.
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A pesquisa, liderada por astrônomos da Universidade Yonsei, na Coreia do Sul, foi publicada no periódico Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, e resulta de uma revisão profunda do brilho de supernovas do tipo Ia, usado há décadas para medir distâncias cósmicas.
Há, inclusive, uma reanálise de supernovas que sugere que a aceleração atual do Universo pode não estar acontecendo. A correção por idade das estrelas progenitoras altera o brilho “padrão” das supernovas. Os dados ajustados se alinham melhor a modelos em que a energia escura evolui ao longo do tempo.
O novo trabalho, no entanto, sugere que essas explosões não são tão padronizadas quanto se imaginava. A idade das estrelas que dão origem a essas supernovas influencia sutilmente seu brilho: em populações estelares mais jovens, elas parecem mais fracas; em populações mais antigas, mais brilhantes, mesmo após a padronização convencional.
Ao corrigir esse viés de idade em uma amostra ampla de galáxias hospedeiras, os pesquisadores notaram que os dados de supernovas deixam de se ajustar confortavelmente ao modelo cosmológico ΛCDM com uma constante cosmológica invariável.
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Em um comunicado, os autores explicam que, juntos, esses conjuntos de dados sugerem uma energia escura que enfraquece e evolui ao longo do tempo. “Nosso estudo mostra que o Universo já entrou em uma fase de expansão desacelerada na época atual e que a energia escura evolui com o tempo muito mais rapidamente do que se pensava anteriormente”, disse professor Young-Wook Lee, autor principal. “Se esses resultados forem confirmados, isso representará uma grande mudança de paradigma na cosmologia desde a descoberta da energia escura, há 27 anos”, acrescentou.
