Testes de um novo protocolo serão realizados para contribuir no controle da doença de Chagas. Cerca de 4,5 mil pessoas morrem no Brasil vitimadas, e no Sertão do Pajeú, uma região formada por 17 municípios no estado de Pernambuco se concentra a maior prevalência da infecção.
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De acordo com a Agência Brasil, a área de caatinga foi escolhida para o teste do novo protocolo. O tratamento passará a ser descentralizado, sem que o paciente necessite se deslocar a uma unidade de saúde especializada, como a Casa de Chagas, no Recife.
Também conhecida como tripanossomíase americana, sela se trata de uma doença negligenciada, transmitida pelo inseto ‘barbeiro’ contaminado e pode causar sérios problemas de saúde se não for diagnosticada e tratada precocemente.
Os municípios de Triunfo e Serra Talhada receberam a primeira etapa do protocolo com atividades de formação sobre a doença para profissionais de saúde, estudantes da área e moradores. Os testes rápidos emitem o resultado em minutos, enquanto o teste sorológico pode demorar até 45 dias para conclusão do diagnóstico.
“A gente precisa muito descentralizar o diagnóstico e fazer essa detecção mais precocemente, para que haja menos casos de pacientes crônicos. Nós estamos validando o teste rápido com esse projeto e, se tudo der certo, além de uma economia de tempo, a gente vai ter também uma economia de exames, porque só as pessoas com teste rápido positivo é que vão fazer a sorologia”, disse a gerente de Vigilância das Arboviroses e Zoonoses da Secretaria de Saúde de Pernambuco, Ana Márcia Drechsler, à Agência Brasil.
A partir de setembro, o projeto iniciará o tratamento de pessoas infectadas com medicamentos ao longo de 60 dias, a expectativa é que ajude pacientes que precisam percorrer mais de 800 quilômetros até uma unidade de saúde especializada.