Uma nova análise dos movimentos de uma das explosões estelares mais famosas revelou que ela pode não ser nativa da Via Láctea, e sim ter vindo de outra galáxia: Estrela de Kepler, uma supernova observada no céu em 1604.
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Na época, o fenômeno brilhante a ponto de ser visto a olho nu, mesmo que estivesse a 20 mil anos-luz de distância. O astrônomo Johannes Kepler estudou a estrela por um ano, dando a ela o nome em questão.
Uma equipe liderada pela pesquisadora Ping Zhou, da Universidade de Nanjing, na China, retomou a pesquisa, e analisaram a trajetória da Supernova de Kepler (ou SN 1604), comparando-as com o movimento das estrelas vizinhas, sob uso de dados do telescópio Gaia, da Agência Espacial Europeia (ESA), que observa bilhões de estrelas na galáxia.
A análise mostrou que a SN 1604 se move ainda mais rápido e em uma direção diferente das estrelas ao redor, o que pode significar que ela não teve seu surgimento ali. A hipótese mais provável é que o objeto tenha vindo de uma pequena galáxia engolida pela Via Láctea em uma colisão no passado.
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Com base nesse estudo, os cientistas estimam que supernovas de origem externa podem acontecer na Via Láctea a cada 60 mil anos, o que corresponde a cerca de 1% de todas as explosões estelares observadas por aqui.