Um relatório divulgado pela ONG Human Rights Watch revelou que fazendeiros se apropriam ilegalmente de terras de pequenos agricultores e povos indígenas no Pará, estado que sediará a COP30.
A pecuária ilegal se apossou de territórios do projeto de desenvolvimento sustentável ‘Terra Nossa’ e da ‘Terra Indígena Cachoeira Seca’ para criar gado que, posteriormente, foi vendido para frigoríficos da JBS, maior produtora de carne do mundo.
O programa foi criado em 2006 pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) para famílias cultivarem a terra, colherem frutas e castanhas, vendendo seus produtos nos mercados locais. Naquela época, a cobertura florestal correspondia a 80% do assentamento de 150.000 hectares. Em 2023, 45,3% da área havia sido convertida em pasto.
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“Combater o desmatamento e as violações de direitos humanos vinculadas com as cadeias de fornecimento de gado é uma responsabilidade compartilhada entre vendedores e compradores”, disse Luciana Téllez Chávez, pesquisadora sênior de meio ambiente da Human Rights Watch. “O Brasil e a UE deveriam trabalhar juntos para proteger a floresta e defender os direitos das comunidades que dependem dela”, acrescentou.
