Uma pesquisa publicada em 2007 pela renomada revista Science trouxe à luz uma conclusão curiosa: filhos mais velhos tendem a apresentar um desempenho intelectual levemente superior ao dos irmãos caçulas. O estudo analisou informações de mais de 240 mil homens na Noruega e identificou uma média de 2 a 3 pontos a mais no quociente de inteligência (QI) dos primogênitos.
++ Bloqueio de contas: EUA aplicam sanções a Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky
Os pesquisadores Petter Kristensen e Tor Bjerkedal, responsáveis pelo estudo, afirmaram que essa diferença não parece ter origem biológica. Segundo eles, o fator determinante estaria no ambiente doméstico. Em geral, o filho mais velho recebe maior atenção dos pais durante os primeiros anos, o que favorece o estímulo intelectual individualizado.
Além disso, como não divide o cuidado inicialmente, o primogênito costuma interagir com adultos com mais frequência, o que pode impulsionar seu desenvolvimento cognitivo de maneira sutil, mas consistente.
Outro ponto destacado pelos autores envolve o papel que o filho mais velho desempenha dentro da família. Frequentemente, ele assume pequenas responsabilidades mais cedo e passa a funcionar como referência — ou até mesmo como uma espécie de educador — para os irmãos mais novos. Essa função, segundo o estudo, poderia contribuir para o refinamento de certas habilidades cognitivas.
++ Teoria de Harvard sugere presença oculta de civilização alienígena na terra
Embora a diferença de QI observada seja considerada modesta, os resultados reacenderam discussões sobre a influência da ordem de nascimento no desenvolvimento intelectual. Nesse sentido, o trabalho reforça a importância do contexto familiar, não apenas na formação emocional, mas também no potencial cognitivo das crianças e adolescentes.