Cientistas deram um passo importante para entender como poderiam ser os sons emitidos por dinossauros extintos há milhões de anos. Utilizando fósseis de parassaurolofos, pesquisadores liderados por Hongjun Li, da Universidade de Nova York, criaram um aparelho chamado linofone, que simula as propriedades acústicas da crista desses animais pré-históricos.
O linofone, uma estrutura feita de tubos e suspensa por fios, foi projetado com base em modelos matemáticos para reproduzir as características sonoras do parassaurolofo. Para gerar os sons, a equipe utilizou uma pequena caixa de som que vibrava a estrutura, enquanto microfones capturavam as frequências resultantes. Os experimentos indicaram que os sons desses dinossauros estavam em frequências predominantemente graves, variando entre 581 Hz e 1056 Hz.
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Com quase 5 metros de altura e cerca de 3,6 toneladas, os parassaurolofos possuíam uma crista óssea distinta que, segundo estudos anteriores, contribuía para amplificar sons. Esses dinossauros viveram entre 70 e 80 milhões de anos atrás, e os novos dados reforçam hipóteses sobre como eles poderiam se comunicar no período Cretáceo.
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Hongjun Li revelou que sua inspiração para a pesquisa veio da série de filmes Jurassic Park, onde os sons dos dinossauros foram criados a partir de gravações de outros animais, como tartarugas e golfinhos. No futuro, o pesquisador planeja aprimorar o linofone, possibilitando até sua aplicação em projetos artísticos, como trilhas sonoras, por meio de plugins.
Com mais descobertas paleontológicas, o modelo poderá ser atualizado, oferecendo uma visão ainda mais fiel aos sons emitidos por esses fascinantes habitantes do passado.