Uma equipe de pesquisadores realizou estudos sobre as cores chamativas de determinados animais, e que podem definir a sobrevivência da espécie. Para tal, a camuflagem e a coloração de alerta foi avaliada por estudiosos.
++ Tom e Jerry da vida real: rivalidade entre gato e rato viraliza nas redes sociais
A pesquisa, publicada na revista científica Science, foi feita com o uso de mais de 15 mil mariposas artificiais (feitas de papel) em três colorações: laranja e preto, marrom discreto e uma combinação de azul e preto incomum na natureza. Em cada uma delas foi colocada uma larva-da-farina, usada como “isca”. Quando a larva desaparecia, era a prova de que um predador havia atacado a presa de papel.
As cores escolhidas serviram para testar se a familiaridade ou a visibilidade era o fator-chave para os predadores. De acordo com a equipe, o laranja aparece com maior frequência na natureza associado a animais venenosos, enquanto o azul tem menos presença, embora seja altamente visível.
Os pesquisadores descobriram que não há uma estratégia perfeita. Em locais com muitos ataques de predadores, onde a competição por alimento é mais intensa, os animais caçadores têm maior probabilidade de atacar presas que parecem desagradáveis.
Segundo o estudo, isso indica que a camuflagem foi mais protetora em áreas com muita predação. Todavia, em ambientes bem iluminados, a camuflagem se mostrou menos eficiente. Enquanto isso, condições de luz não afetaram o desempenho dos espécimes coloridos.
++ Vacas invadem praia e são flagradas aproveitando a vista debaixo do guarda-sol
A familiaridade também foi importante, visto que onde as presas camufladas eram abundantes, sua técnica se mostrou pouco eficaz. Segundo a equipe, os predadores provavelmente aprenderam a encontrar esses animais escondidos.