Um novo estudo científico sugeriu que a extensão da contaminação de microplásticos em ecossistemas de água doce é maior do que os cientistas imaginavam.
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Os pesquisadores do Centro de Biodiversidade Naturalis, na Holanda, examinaram larvas de tricópteros, pequenos insetos que constroem invólucros protetores ao redor de si mesmos usando material vegetal, areia e pequenas pedras em seu ambiente.
A coleta, realizada nas décadas de 1970 e 1980, apontou que os invólucros são provenientes de riachos límpidos considerados intocados na época. “A inclusão de plástico no invólucro de uma tricóptera significa que o plástico está entrando na cadeia alimentar”, disse o principal autor do estudo, Auke-Florian Hiemstra, ao site Live Science.
“Se os tricópteros são afetados por microplásticos há mais de meio século, isso significa que o ecossistema em geral também é afetado”, declarou os pesquisadores. Eles, inclusive, utilizaram a técnica de análise de raios X por dispersão de energia para revelar elementos químicos e aditivos comumente associados a plásticos dentro dos tricópteros.
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Hiemstra aponta, ainda, que o impacto dos microplásticos nos sistemas de água doce são objeto de apenas 4% dos estudos atuais sobre microplásticos, o que dificulta a visualização do real panorama do problema. Além disto, pesquisas iniciais relacionaram a exposição ao plástico ao risco de diversas condições de saúde, incluindo doenças cardíacas, doenças pulmonares, câncer e doença de Alzheimer. Apesar disso, a associação exata ainda é incerta, segundo a reportagem.