O calor pode ser tanto o vilão quanto o herói da conservação dos alimentos, dependendo de sua intensidade. A temperatura amena proporcionada pelo Sol cria condições perfeitas para o crescimento de bactérias, enquanto o calor intenso do fogão destrói suas proteínas, eliminando-as. A chave para entender esse contraste está na tolerância térmica dos microrganismos: até 60 °C, eles prosperam; acima de 75 °C, não sobrevivem.
Além da temperatura, outros fatores influenciam a proliferação bacteriana, como a presença de água e um ambiente quimicamente adequado. Métodos antigos de conservação, como a carne-seca, exemplificam como manipular essas condições pode preservar alimentos. No caso da carne-seca, a desidratação e o uso de sal criam um ambiente hostil para os micróbios, permitindo sua conservação mesmo sob o calor do interior do Brasil.
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No entanto, o frio também é um poderoso aliado contra as bactérias. Por isso, alimentos não devem permanecer fora da geladeira por mais de uma hora em dias quentes. E sim, é seguro refrigerar alimentos ainda quentes, apesar do leve aumento no consumo de energia do eletrodoméstico. O importante é evitar as consequências de intoxicações alimentares, que afetam cerca de 600 milhões de pessoas por ano, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Crianças menores de cinco anos são especialmente vulneráveis, respondendo por 40% dos casos. Infelizmente, 420 mil pessoas morrem anualmente devido a doenças causadas por alimentos mal conservados ou manipulados de forma inadequada.
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Portanto, a maneira como tratamos nossos alimentos, desde o preparo até o armazenamento, é essencial para a segurança alimentar e a saúde. Afinal, prevenir o crescimento de bactérias é mais fácil do que lidar com as consequências de sua presença.