
Os planetas se movem não apenas por inércia, mas também para sobreviver. Se não orbitassem suas estrelas, acabariam sendo engolidos por elas. O segredo está no equilíbrio entre duas forças: a gravidade (que atrai o planeta para a estrela) e a força centrífuga (que tende a afastá-lo). Esse equilíbrio só é possível com uma velocidade muito específica, determinada pela fórmula v² = G·M/d, onde G é a constante gravitacional, M é a massa da estrela e d é a distância entre o planeta e a estrela.
Essa velocidade de equilíbrio não depende da massa do planeta, mas da estrela e da distância. Se o planeta se mover mais rápido que essa velocidade, ele escapa da órbita; se mais devagar, será puxado para dentro da estrela. No entanto, as órbitas reais dos planetas não são circulares, e sim elípticas, como descrevem as Leis de Kepler. Isso acontece porque os planetas do Sistema Solar interagem gravitacionalmente entre si, alterando levemente suas trajetórias e velocidades.
A origem do movimento dos planetas remonta ao colapso gravitacional de nuvens moleculares gigantes no espaço. Quando essas nuvens se contraem e giram, formam um disco de material em torno de uma nova estrela. Com o tempo, esse disco dá origem aos planetas, que herdam sua velocidade orbital desse processo de formação. Apenas os corpos que adquirem a velocidade adequada para sua distância da estrela conseguem manter uma órbita estável e sobreviver no sistema planetário.
Assim, o movimento dos planetas é resultado de leis fundamentais da física e da história de sua formação. A inércia, a gravidade e a velocidade específica para cada órbita são os fatores que garantem que os planetas continuem girando ao redor de suas estrelas — inclusive a Terra ao redor do Sol.