Uma pesquisa internacional foi capaz de avaliar os impactos que podem ser causados por uma pupila que é dilatada, e de que forma essa reação do organismo afeta o nosso campo de visão e a percepção das situações ao nosso redor.
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Uma equipe de pesquisa internacional das Universidades de Göttingen e Tübingen, na Alemanha, e da Baylor College of Medicine, em Houston, usou camundongos nos experimentos e apresentou a eles diferentes imagens coloridas para incentivar a visão. O resultado foi publicado na revista científica Nature e divulgado pelo Medical Xpress.
A equipe desenvolveu um modelo digital dessa área do cérebro e pôde simular, com a ajuda de inteligência artificial (IA), situações com mais neurônios, identificando o estímulo visual de luz ideal para cada neurônio – um tipo de “imagem favorita” de cada neurônio.
Os resultados mostraram que, a partir de um alerta do cérebro, as pupilas dos camundongos dilataram e mostraram uma reação de sensibilidade maior às imagens em verde e azul. Os neurônios responsáveis pela atividade de reação foram aqueles direcionados a perceber e observar imagens no céu. Os pesquisadores concluíram que isso é uma prova de que “a dilatação da pupila devido a um estado cerebral alerta pode [sim] afetar diretamente a sensibilidade visual e provavelmente a percepção visual”.
Para os pesquisadores, o modelo de pesquisa é um avanço na área da neurociência e permite extrair e transformar dados biológicos reais em digitais, processo chamado por eles de “gêmeos digitais”, visto que a inteligência artificial é capaz de copiar com fidelidade a atividade neural.
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Considerando que pupilas também são dilatadas a partir de emoções, o corpo também realizam adequações a partir de sentimentos. “Surgem agora outras questões de pesquisa sobre como a percepção em vários outros animais é influenciada por esse efeito. As pupilas em nossos olhos podem não apenas ser uma janela para a alma, mas também mudar a maneira como percebemos o mundo de momento a momento, dependendo do nosso estado de espírito interior”, declarou Dr. Andreas Tolias, também investigador principal do estudo e professor e diretor do Centro de Neurociência e Inteligência Artificial em Baylor.