Uma revisão científica aponta que a comunidade médica e órgãos reguladores falharam ao ignorar sinais claros de que a finasterida, usada para tratar calvície, pode causar depressão, ansiedade e risco aumentado de suicídio.
++ China pode ultrapassar os EUA como principal potência espacial em até 10 anos
O estudo, publicado no Journal of Clinical Psychiatry, avaliou oito grandes pesquisas de 2017 a 2023 e identificou um padrão consistente: usuários do medicamento apresentaram maior incidência de transtornos de humor e ideação suicida.
Segundo o Prof. Mayer Brezis, da Universidade Hebraica de Jerusalém, “as evidências não são mais anedóticas. Agora vemos padrões consistentes em diversas populações”.
Embora a FDA tenha adicionado avisos sobre depressão em 2011 e sobre risco de suicídio em 2022, alertas já existiam desde 2002. Documentos internos mostram que estimativas de impacto foram mantidas em sigilo, e a farmacovigilância foi considerada “falha sistêmica”.
A Merck, fabricante original, não conduziu estudos de segurança independentes, e a ausência de escrutínio pode ter sido favorecida pelo caráter cosmético do medicamento, que não é essencial para a saúde.
++ Alunos preparam surpresa emocionante para orientador educacional com diagnóstico de câncer
Brezis defende mudanças urgentes, como a suspensão da comercialização para fins estéticos, estudos pós-aprovação obrigatórios e investigação sistemática do uso de finasterida em casos de suicídio.