Uma pesquisa científica apontou que a sociedade está aberta à adoção de sistemas que envolvam a presença de robôs, desde que tragam benefícios reais e respeitem questões éticas essenciais.
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O estudo, conduzido por especialistas liderados pela professora Sayuri Suwa, da Chiba University, indica que o uso doméstico de robôs cuidadores pode se tornar uma realidade consolidada, mas a aceitação depende de fatores como segurança, privacidade e participação dos usuários no processo de desenvolvimento.
O trabalho foi publicado no periódico Computers in Human Behavior e traz contribuições importantes para a implementação dos robôs no suporte a adultos mais velhos.
Com o envelhecimento populacional acelerado, o Japão enfrenta a previsão de ter um déficit de aproximadamente 570 mil cuidadores até 2040. Nesse cenário, robôs se tornaram uma alternativa estratégica para apoiar a autonomia de idosos e diminuir a sobrecarga sobre familiares e profissionais de saúde.
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A pesquisa analisou respostas de 4.890 indivíduos, incluindo idosos, familiares, cuidadores e desenvolvedores de robôs. O levantamento identificou maior disposição para o uso de robôs entre pessoas com menos de 65 anos e entre aquelas que acompanham notícias tecnológicas ou se interessam em testar novas soluções.
Um dos pontos centrais levantados pelo estudo diz respeito ao compartilhamento de dados pessoais com robôs. Os resultados mostram que cerca de 80% aceitariam compartilhar informações com profissionais de saúde para fins de pesquisa. Além disto, apenas 40% a 50% compartilhariam esses dados com empresas de robótica e usuários e desenvolvedores concordam que privacidade e segurança digital são essenciais. Muitos manifestaram interesse em participar diretamente do desenvolvimento e aperfeiçoamento dos robôs.
