Uma pesquisa conduzida pela Universidade Flinders realizou um experimento com fungos, e apontou que as plantas podem se desenvolver mais rapidamente quando são submetidas a estímulos sonoros.
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A abordagem, chamada de “ecoacústica”, tem o potencial de auxiliar na recuperação de ecossistemas degradados. Na primeira fase dos experimentos, os cientistas enterraram saquinhos de chá-verde e rooibos (uma planta sul-africana) para estimular o crescimento de fungos.
Os saquinhos foram expostos a uma paisagem sonora monótona de 70 dB ou 90 dB a 8 kHz, e após 14 dias, os fungos tornaram-se visíveis na terra.
Aqueles que receberam um estímulo inferior a 30 dB quase não ficaram visíveis no mesmo período.
Na segunda bateria de testes, os pesquisadores cultivaram o Trichoderma harzianum, um fungo que combate organismos causadores de doenças em plantas. Um grupo de 20 recipientes com o fungo foi submetido a uma estimulação acústica monótona de 80 dB a 8 kHz durante cinco dias, enquanto outro grupo não recebeu estímulo.
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Constatou-se que os fungos estimulados pelos sons apresentaram crescimento acelerado e reproduziram-se cinco vezes mais rápido. “Os estudos do nosso laboratório sobre ecologia de restauração estão abrindo caminho para um melhor crescimento da vegetação nativa – incluindo a reintrodução de espécies perdidas”, eplicou Martin Breed, co-autor do estudo, ao New Atlas.