Um estudo feito por pesquisadores identificaram 33 ‘dark spots’ (pontos escuros) em alguns locais do planeta que possuem uma grande biodiversidade. Os locais foram apontados como responsável por reunir milhares de espécies de plantas que ainda podem estar no aguardo de serem descobertas e catalogadas.
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Segundo um estudo liderado por pesquisadores do Jardim Botânico Real de Kew, do Reino Unido, dentre os locais, estão: a ilha de Sumatra (Indonésia), os Himalaias orientais, Assam (Índia), Vietnã, a ilha Madagascar, províncias do Cabo (África), Colômbia, Peru e o Sudeste do Brasil.
Eles identificaram que muitos dos pontos são considerados “hotspots” de biodiversidade: áreas ricas em vida animal e vegetal mas que estão seriamente ameaçadas. A ideia da pesquisa seria de priorizar regiões que necessitem de mais esforços de conservação.
“Estamos protegendo 30% do planeta até o fim da década, de acordo com as metas da ONU – mas não sabemos quais áreas proteger sem as informações adequadas”, afirmou o brasileiro Alexandre Antonelli, diretor de ciência de Kew e autor sênior do estudo, ao jornal britânico The Guardian.
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O estudo, inclusive, foi feito pelos cientistas, que analisaram dados de vários bancos sobre plantas, como o World Checklist of Vascular Plants (WCVP), que possui um catálogo das 350 mil espécies já conhecidas. O objetivo era levantar quais eram as principais lacunas de dados geográficos e taxonômicos, até que foi possível estimar quais eram as regiões do planeta com alta probabilidade de conterem espécies desconhecidas, conforme mencionado acima.