Um recente estudo trouxe resultados promissores sobre o tratamento da surdez por meio da terapia gênica. Os resultados revelaram uma notável melhora na audição de crianças afetadas por mutações genéticas que resultaram em perda auditiva.
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O estudo, publicado na revista científica The Lancet, foi conduzido por um grupo de pesquisadores do Instituto de Otorrinolaringologia e Departamento de Oftalmologia e Otorrinolaringologia, Hospital de Olhos e Ouvidos, da Universidade Fudan, em Xangai, na China.
A terapia em questão tem como objetivo de identificar casos de surdez associados a uma mutação no gene da otoferlina, conhecido como OTOF. O estudo utilizou uma abordagem inovadora envolvendo vírus adeno-associados modificados, os quais foram injetados diretamente na cóclea, transportando uma cópia funcional do gene, permitindo que a otoferlina fosse expressa nas células auditivas.
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Apesar dos avanços científicos promissores, o acesso ao tratamento permanece um desafio significativo. Ao Jornal da USP, o professor Miguel Hyppolito, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), descreveu sua preocupação à acessibilidade futura da terapia gênica no Brasil, apontando as barreiras econômicas que podem impedir sua disponibilidade pelo Sistema Único de Saúde (SUS).