Uma pesquisa revelou que o uso excessivo de telefones e a culpa pelas distrações no cotidiano não podem ser responsabilizadas. O estudo foi publicado no jornal Frontiers in Computer Science.
++ ChatGPT é colocado como uma das personalidades influentes na ciência
“Embora os usuários, sem surpresa, se envolvam mais com o smartphone quando ele é facilmente acessível, a quantidade de tempo gasto em atividades de trabalho e não trabalho e a fragmentação de seus dias de trabalho não dependem da acessibilidade do smartphone”, disse o autor do estudo, Dr. Maxi Heitmayer, professor sênior de psicologia na University of the Arts London e pesquisador e pesquisador visitante na London School of Economics and Political Science.
Para a pesquisa, foi reunido um grupo de 22 pessoas participasse de duas sessões de trabalho de 5 horas no computador: uma com smartphones por perto e a outra com os telefones fora de alcance imediato. As pessoas tendem a usar o telefone muito mais quando ele estava ao alcance — mas quando não conseguiam pegá-lo, usavam os computadores para se distrair do trabalho, de acordo com a pesquisa.
Os resultados sugerem que apenas proibir telefones em salas de aula ou locais de trabalho pode não necessariamente resolver o problema da distração, e focar em hábitos e comportamentos em torno de tecnologias pode ser o melhor primeiro passo para resolver para uma melhor atenção.
++ ChatGPT é colocado como uma das personalidades influentes na ciência
“Há uma batalha aberta pela atenção que está acontecendo no seu bolso. Acho que essas são as melhores ferramentas que inventamos, mas também há o software que colhe nossa atenção”, disse o autor da pesquisa. “Essas interrupções, 89% das vezes, são, na verdade, as próprias pessoas. Não é o telefone vibrando, acendendo ou fazendo um som. É você pensando: ‘Ah, perdi alguma coisa’. E então, as pessoas verificam”, acrescentou Heitmayer.
