Uma equipe de pesquisadores da Mayo Clinic desenvolveram uma abordagem inovadora que protege células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina, contra o ataque do sistema imunológico.
O avanço, inclusive, pode permitir uma nova perspectiva para tratamentos do diabetes tipo 1 (DM1) sem necessidade de imunossupressão generalizada. A equipe usou a enzima ST8Sia6, que adiciona açúcares especiais à superfície das células, criando um “escudo” que evita sua detecção por células imunes agressoras.
Com a indução da produção de ST8Sia6 apenas em células beta, os cientistas conseguiram “camuflá-las” seletivamente, impedindo o ataque autoimune típico do DM1. O estudo, publicado no Journal of Clinical Investigation, trouxe os testes, feitos com camundongos geneticamente modificados, apenas 6% desenvolveram diabetes, ante 60% dos controles.
A proteção foi localizada: as células beta foram preservadas, mas o restante do sistema imunológico continuou funcionando normalmente, sem imunossupressão sistêmica. Essa enzima também reduziu sinais inflamatórios locais e favoreceu a presença de células T reguladoras, que ajudam a conter respostas autoimunes.
++ Nova espécie de tubarão pré-histórico é descoberto nos EUA
Ainda assim, a estratégia pode aumentar o sucesso de transplantes de células pancreáticas e levar a tratamentos mais seguros e específicos para o DM1.