Nos últimos dez anos, mais de 45.500 casos de emergência por envenenamento que precisaram de internação, de acordo com dados da Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede), segundo informações divulgadas pela Agência Brasil.
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O fato significa que a cada duas horas é registrado um caso no país, podendo ser acidentais ou ter causas indeterminadas, mas despertou atenção foi que mais de 3.400 pessoas internadas no Sistema Único de Saúde (SUS) sofreram envenenamento proposital provocado por outras pessoas.
O levantamento indica que a região Sudeste foi a que mais registrou casos de envenenamento proposital causado por terceiros. No total, foram mais de 1.500. Já o Sul registrou 551, enquanto o Nordeste teve 492, o Centro-Oeste totalizou 470 e o Norte contabilizou 435 casos.
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A coordenadora do Comitê de Toxicologia da Abramede, Juliana Sartorelo, explica que o número de envenenamentos provocados por terceiros pode ser controlado por meio da fiscalização de produtos tóxicos ilegais. “Medidas que eu acredito que deveriam ser adotadas desde já, seria um aumento da fiscalização nas fronteiras do país a fim de coibir a entrada desses produtos tóxicos ilegalmente e também aumentar a fiscalização e apreensão desses produtos clandestinos. Além disso, a criação de uma estratégia de maior restrição à compra dessas substâncias sabidamente tóxicas que são legais no país, inclusive proibindo o acesso a elas no comércio não especializado”, declarou.