O aumento sobre o uso de ferramentas desenvolvidas pela inteligência artificial (IA), como o ChatGPT, têm provocado algumas discussões assíduas em torno da importância pelo uso da tecnologia.
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Ao longo dos últimos tempos, uma grande quantidade de pessoas têm utilizado a plataforma para torná-la seu “refúgio” e até mesmo como forma de tentar praticar uma sessão de terapia. Victor Hugo de Albuquerque, professor do Departamento de Engenharia de Teleinformática da Universidade Federal do Ceará, apontou o riscos que podem ser causados.
“Esses sistemas são cada vez mais sofisticados e treinados para reconhecer os padrões usados no dia a dia, para prever quais palavras ou frases devem vir em sequência, baseadas nas palavras anteriores. Eles não só entendem palavras, mas também conseguem captar o tom, a intenção e ajustar respostas baseadas em padrões, não em um raciocínio”, explicou o professor.
“Essa capacidade de capturar contextos e intenções ajuda o chatbot a gerar respostas mais naturais e contextualmente apropriadas, simulando uma conversa humana com mais precisão. Dessa forma, temos a sensação de que estamos conversando com um ser humano, mas longe disso”, completou, à CNN Brasil.
A revista Harvard Business Review, editada pela escola de pós-graduação em administração da faculdade americana de Harvard, publicou um levantamento que aponta como o aconselhamento terapêutico se tornou o principal objetivo das pessoas ao utilizar ferramentas de IA este ano, enquanto há outras questões como: organizar a vida pessoal, encontrar um propósito, e ter uma vida mais saudável.
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“Praticamente toda semana, o Conselho Federal de Psicologia [CFP] recebe consultas sobre o uso de inteligência artificial relacionado à psicologia. Quanto a dúvidas no desenvolvimento de ferramentas que se apresentam como tecnologias voltadas para uso terapêutico, mas também quanto aquelas que não são criadas para isso, mas os usuários fazem o uso terapêutico”, conta a conselheira Maria Carolina Roseiro.