Nos dias de calor intenso, o ventilador costuma ser uma opção acessível para aliviar o desconforto térmico. No entanto, especialistas alertam que seu uso em temperaturas extremas pode ser prejudicial, especialmente quando a umidade do ar está muito baixa.
De acordo com um estudo publicado no The New England Journal of Medicine, o efeito refrescante dos ventiladores depende diretamente das condições climáticas. Quando o ar está seco e a temperatura ultrapassa os 40 °C, o vento gerado pelo aparelho pode, na verdade, aumentar a sensação térmica, elevando o estresse térmico do organismo.
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A principal explicação para esse fenômeno está no processo de resfriamento do corpo. A evaporação do suor é um dos mecanismos naturais para controlar a temperatura corporal, e os ventiladores ajudam nesse processo em ambientes úmidos. No entanto, em regiões com baixa umidade, o suor evapora rapidamente e o fluxo de ar quente gerado pelo ventilador pode acabar sobrecarregando o organismo, tornando o calor ainda mais desconfortável.
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Mesmo com essas observações, pesquisadores apontam que ainda há desafios para estudar os efeitos dos ventiladores em temperaturas extremas, pois as condições necessárias para uma análise mais detalhada podem representar riscos aos participantes.
No Brasil, onde grande parte do território possui um clima mais úmido, o risco de impactos negativos do ventilador é menor. Ainda assim, especialistas recomendam atenção em momentos de calor extremo, reforçando a importância da hidratação e do uso de outros métodos para amenizar a temperatura, como banhos frios e a ventilação natural dos ambientes.