O crescimento de pessoas viciadas em jogos de azar se tornou real, e já é o terceiro tipo de dependência mais comum no Brasil.
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“Em termos de prevalência, de frequência na população, a dependência mais comum é o tabaco. Aí depois álcool. Terceiro lugar, e já começando a encostar no segundo, é jogo. E é grave porque se associa à ruptura familiar, desemprego, endividamento crônico, e ideação suicida”, afirma Hermano Tavares, professor do Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP.
Segundo o especialista, entre os pacientes que procuram tratamento para o problema, 80% já disseram ter considerado a ideia de tirar a própria vida. “Agora, aqueles ambientes de jogo, super elaborados, estão no bolso de cada brasileiro. Então, é uma mudança radical na forma de acesso e até de pensar como é essa relação com o jogo”, explicou.
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O vício em jogos tem tratamento e pode ser feito com apoio psicológico e, em alguns casos, medicação. “A indicação da medicação é para tratar a comorbidade psiquiátrica”, disse Tavares.