A abelha-carpinteira-azul, conhecida cientificamente como Xylocopa caerulea, é uma das maravilhas da natureza. Sua coloração azul intensa e brilhante a torna única e cativante. Embora existam mais de 700 espécies de abelhas do gênero Xylocopa, essa em particular se destaca não apenas por sua beleza, mas também por sua raridade. Ou seja, encontrá-la é um verdadeiro desafio.
De acordo com Thiago Araújo de Jesus, especialista em abelhas, a cor azul da abelha-carpinteira se deve à presença de melancitos, células que refletem apenas essa tonalidade. “A coloração dela, assim como de muitas outras espécies, se deve ao processo evolutivo, mas não se sabe ao certo quais motivos da seleção natural levou essa espécie a ter essa característica, como sucesso reprodutivo ou camuflagem”, explicou o especialista ao G1.
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A Xylocopa caerulea pode ser encontrada no Sudeste Asiático, na Índia e no sul da China. Embora não esteja ameaçada de extinção, sua presença é cada vez mais rara. O desmatamento tem levado a espécie a desaparecer de algumas regiões. Yara Roldão, bióloga e especialista, explica que essa abelha é solitária. Além disso, as fêmeas, responsáveis pela criação dos ninhos e pela postura dos ovos, são as únicas que possuem ferrão.
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Esse ferrão é liso, permitindo que a abelha o mantenha em seu corpo após picar. As fêmeas depositam um ovo em uma estrutura simples de cera, recheada com mel e pólen. Elas ficam próximas por poucos dias e depois partem para construir novos ninhos. A larva se desenvolve dentro dessa estrutura e, após passar pela fase de pupa, emerge como um novo indivíduo pronto para explorar o mundo.