O Carnaval no Brasil tem uma origem europeia, com forte influência de Portugal. A festa chegou ao país em 1641, com o entrudo, uma tradição portuguesa que comemorava o início da Quaresma. No Brasil, o entrudo era praticado pelas classes populares, que se divertiam com brincadeiras de rua, como lançar farinha, ovos e outros materiais uns nos outros. A violência era comum nessas festividades, que se distanciavam das comemorações mais refinadas da elite.
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Com o tempo, o entrudo foi sendo reprimido pela elite e pela Igreja. No entanto, as camadas populares continuaram a celebrar o Carnaval à sua maneira. No século XIX, surgiram os cordões e ranchos, manifestações que uniam música, dança e elementos culturais, como a capoeira. A elite, por sua vez, criava bailes de carnaval em clubes e teatros, incorporando polcas e outros estilos musicais da Europa.
Foi no século XX que o Carnaval brasileiro se transformou e ganhou o caráter que conhecemos hoje. O samba, originado no Rio de Janeiro, começou a ganhar destaque a partir da década de 1910, com a música Pelo Telefone. As escolas de samba, que surgiram nos anos 1920, consolidaram-se como a principal atração do Carnaval carioca, enquanto em outros estados surgiam novas manifestações culturais, como o frevo em Pernambuco e o axé na Bahia.
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Nos anos seguintes, o Carnaval se profissionalizou, com o surgimento de desfiles grandiosos e a construção do Sambódromo no Rio de Janeiro, em 1984. O evento passou a movimentar bilhões de reais e atrair turistas do mundo inteiro. De festa popular, o Carnaval se tornou um dos maiores negócios culturais do Brasil, refletindo a riqueza e diversidade da cultura brasileira.
