A anêmona-do-mar é um dos animais mais lentos do oceano. Ela pode levar até 52 dias para percorrer apenas 100 metros. Mesmo assim, quando precisa de um novo lar, ela se movimenta para procurar melhores lugares para se alimentar. Quem a observa sem conhecer pode pensar que se trata de uma planta, mas, na verdade, ela é um invertebrado marinho, assim como as águas-vivas e os corais.
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Apesar da aparência delicada, a anêmona possui tentáculos venenosos que usa para capturar suas presas. Sua alimentação é baseada em pequenos peixes e crustáceos, como camarões e moluscos. Ela não produz seu próprio alimento, por isso é considerada um ser heterotrófico. Para comer, primeiro paralisa suas vítimas e depois as suga por um orifício que funciona como boca e ânus ao mesmo tempo.
Como se move pouco, a anêmona-do-mar conta com a ajuda de um parceiro inusitado: o peixe-palhaço. Esse peixinho colorido, famoso pelo filme “Procurando Nemo”, atrai presas para perto da anêmona. Em troca, ele se abriga entre os tentáculos venenosos, onde predadores não conseguem alcançá-lo. Essa relação de cooperação é chamada de protocooperação, pois ambos se beneficiam.
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Curiosamente, o peixe-palhaço é um dos únicos que conseguem viver entre os tentáculos da anêmona sem serem afetados pelo veneno. Isso acontece porque seu corpo tem uma camada de muco protetora. Assim, essa parceria inusitada entre dois seres tão diferentes mostra como a natureza é cheia de estratégias surpreendentes.