Embora a maioria dos carnívoros tenha dentes afiados para capturar e triturar suas presas, existem animais que vivem sem eles e ainda conseguem se alimentar. Espécies de insetos, aves e anfíbios desdentados são comuns, mas entre os mamíferos, os banguelas são raros. Esses animais se adaptaram ao longo da evolução, desenvolvendo métodos alternativos para caçar e digerir suas presas.
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Um exemplo notável é o ornitorrinco, um mamífero que caça larvas, vermes e pequenas lagostas de água doce. Sem dentes, ele usa placas de queratina em seu bico para mastigar. Além disso, o ornitorrinco é venenoso, com esporas em suas patas traseiras que causam dor intensa em humanos. Sua alimentação, então, depende dessa combinação de adaptações anatômicas e veneno.
Outro mamífero que se destaca é o pangolim, um habilidoso escavador que usa sua língua pegajosa para capturar até 200 gramas de formigas e cupins por dia. Apesar de não ter dentes, ele tem um sistema eficiente para se alimentar. A língua longa e pegajosa permite que ele alcance presas que outros animais não conseguem, sendo também um dos mamíferos mais traficados do mundo.
O tamanduá é outro exemplo de carnívoro sem dentes. Sua língua é longa e possui “ganchos” microscópicos que, juntamente com a saliva espessa, ajudam a capturar formigas e cupins. Ele dá 150 lambidas por minuto para evitar picadas, e seu estômago processa os insetos com a ajuda de areia e terra. Esses animais demonstram como a natureza cria soluções criativas para superar a falta de dentes na alimentação.