Um estudo recente revelou que o envelhecimento leva ao afastamento social em diversas espécies, de maneira surpreendentemente semelhante ao que ocorre com os seres humanos. A análise incluiu mais de 150 espécies e mostrou que, com o passar dos anos, animais como macacos, cervos e pardais tendem a reduzir suas interações sociais.
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De acordo com o Dr. Josh Firth, pesquisador da Universidade de Leeds, esse comportamento pode ter raízes evolutivas profundas. Conforme ele explica, o distanciamento dos indivíduos mais velhos funciona como um mecanismo de proteção, uma vez que reduz o risco de contágio por doenças justamente em uma fase da vida em que o sistema imunológico está mais vulnerável.
Além disso, os pesquisadores destacam que esse isolamento com a idade não deve ser interpretado como um sinal de declínio físico ou cognitivo. Pelo contrário: trata-se, muitas vezes, de uma estratégia natural de sobrevivência. Ou seja, o afastamento social pode refletir uma adaptação comum a várias espécies, e não uma falha.
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Portanto, essa descoberta amplia significativamente a compreensão científica sobre o envelhecimento. Ela mostra que mudanças nos laços sociais fazem parte de um processo compartilhado por muitos seres vivos, e não são exclusivas da experiência humana.