Uma nova descoberta em um antigo assentamento romano no norte da Inglaterra está chamando atenção pelo simbolismo inusitado: um pequeno pingente em formato fálico, possivelmente usado por soldados como amuleto de proteção. O artefato foi achado durante escavações no sítio arqueológico de Vindolanda, próximo ao famoso Muro de Adriano, em Northumberland.
Medindo menos de 2,5 centímetros, o objeto foi esculpido em azeviche — uma pedra negra e brilhante muito valorizada na Antiguidade. Datado do início do século 4, o pingente teria sido usado por um legionário romano como símbolo de sorte, fertilidade e defesa contra o mau-olhado, algo comum no imaginário religioso e popular do Império Romano.
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Especialistas envolvidos nas escavações afirmam que a peça foi descoberta em meio a restos de construções militares, possivelmente caída durante a edificação de um quartel. A superfície bastante polida indica que o amuleto foi manuseado com frequência, talvez durante rituais pessoais ou por motivos supersticiosos.
Apesar do tom bem-humorado de parte do público nas redes sociais, onde a imagem do objeto foi compartilhada, o achado é tratado com seriedade pelos arqueólogos. O diretor da escavação, Dr. Andrew Birley, destaca o valor simbólico e cultural da peça e afirma que ela será preservada e exibida ao público a partir de 2026.
Este não é o primeiro artefato de natureza fálica descoberto em Vindolanda. O local já revelou outros objetos com representações semelhantes, incluindo um item de madeira encontrado em 2023, que levantou hipóteses sobre possíveis usos além do espiritual. No mundo romano, imagens fálicas eram comuns em construções, joias e utensílios, funcionando como talismãs contra forças negativas.
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Vindolanda foi ocupada por quase 300 anos, de 85 a 370 d.C., e permanece como um dos sítios arqueológicos mais ricos da Grã-Bretanha. Segundo os pesquisadores, novas escavações devem continuar revelando aspectos curiosos da vida cotidiana de soldados que viveram no extremo do império.