Uma campanha de financiamento coletivo arrecadou mais de R$ 1,9 milhão (cerca de US$ 340 mil) para a defesa de Luigi Mangione, acusado do assassinato de Brian Thompson, CEO da UnitedHealthcare. Criado na plataforma GiveSendGo, o fundo foi impulsionado por apoiadores que afirmam não justificar o crime, mas defender o direito do engenheiro a uma representação legal adequada.
O caso, ocorrido em 4 de dezembro, gerou repercussão nos Estados Unidos e reacendeu debates sobre o acesso à saúde no país. Mangione, de 26 anos, sofria de dores crônicas nas costas, segundo conhecidos, embora não haja confirmação de que essa condição tenha ligação com o crime.
A UnitedHealthcare declarou que o acusado nunca foi cliente da empresa e que 90% das solicitações de reembolso médico feitas à seguradora são aprovadas. A companhia também negou que negativas de cobertura sejam um problema recorrente.
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A arrecadação recebeu doações de diferentes valores, variando de US$ 5 a US$ 5.000. Muitas das mensagens deixadas pelos contribuintes expressam frustrações com o sistema de saúde americano, relatando dificuldades para acesso a tratamentos e procedimentos médicos. Um dos doadores afirmou estar ajudando em memória do irmão, que teria falecido por falta de atendimento adequado.
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Mangione está preso no Metropolitan Detention Center, no Brooklyn, e enfrenta processos na Pensilvânia e na esfera federal. Caso seja condenado por terrorismo, pode receber pena de morte. A defesa está sendo conduzida pelos advogados Karen e Marc Agnifilo, conhecidos por atuar em casos de grande repercussão.