Espalhados pelas águas do arquipélago de Joló e da península de Zamboanga, nas Filipinas, os Bajau formam uma comunidade marítima singular. Com uma rotina moldada pelas marés, eles vivem entre palafitas e embarcações tradicionais chamadas lepa, navegando diariamente entre ilhas e mar aberto.
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Entre suas habilidades mais notáveis, destaca-se a impressionante capacidade de mergulho. Muitos Bajau conseguem descer a profundidades superiores a 60 metros e permanecer submersos por até 13 minutos — tudo isso sem o auxílio de cilindros de oxigênio. Com óculos de madeira artesanal e pesos presos ao corpo, eles exploram o fundo do mar com agilidade e resistência incomuns.
Mais do que um feito físico, essa aptidão garante sua subsistência. Afinal, a pesca representa a principal fonte de alimentação e sustento da comunidade. Assim, o oceano não é apenas morada, mas também a base de sua sobrevivência e identidade ancestral.
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Popularmente conhecidos como “nômades do mar”, os Bajau seguem desafiando o tempo. Apesar das pressões do mundo moderno, mantêm vivas suas tradições e seu modo de vida em profunda harmonia com o ambiente marinho. Essa resistência cultural simboliza um raro exemplo de coexistência equilibrada entre homem e natureza.