A bananafobia é um transtorno raro que ganhou destaque recentemente, principalmente após a ministra da Igualdade de Gênero e Vida Profissional da Suécia, Paulina Brandberg, ser identificada como portadora da condição. Ela sente um medo irracional de bananas, o que a impede de se aproximar da fruta. Em 2020, a ministra mencionou esse problema em um tuíte, chamando-o de “a fobia mais estranha do mundo”. O caso voltou a ser notícia após a divulgação de e-mails vazados.
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Brandberg, de 41 anos, tomou medidas rigorosas para evitar qualquer contato com bananas. Sua equipe envia alertas antecipados a locais e pessoas com quem ela se encontra, garantindo que a fruta não esteja presente. Por exemplo, em um e-mail ao gabinete do presidente da Câmara sueco, a equipe pediu que não houvesse bananas durante uma conferência, mencionando uma “forte alergia”. Embora a ministra tenha se recusado a comentar mais sobre o assunto, ela confirmou que procurará ajuda médica.
Sintomas da bananafobia
A bananafobia causa sintomas graves, como ansiedade, náuseas e ataques de pânico. Esses episódios surgem ao ver ou cheirar a fruta. Além disso, algumas pessoas desenvolvem compulsões, como esfregar as mãos para remover o “cheiro de banana”. Para elas, a textura viscosa das bananas é repulsiva, sendo comparada a “lesmas”. Muitas vezes, a fobia começa na infância, quando as crianças são forçadas a comer bananas, o que resulta em dor de estômago ou vômitos.
Apesar de as bananas serem nutritivas e uma excelente fonte de potássio, elas geram muita ansiedade em quem sofre de bananafobia. Ver a fruta no supermercado ou alguém comendo uma banana pode ser uma experiência traumática, assim como o medo de uma aranha é para pessoas com aracnofobia.
Tratamentos
O tratamento mais comum para a bananafobia é a Terapia de Exposição, que expõe gradualmente a pessoa à banana. A Terapia Cognitivo-Comportamental também ajuda, pois substitui pensamentos negativos por uma visão mais positiva sobre a fruta. Além disso, psicoterapia, hipnoterapia e medicamentos para aliviar a ansiedade são opções viáveis. Contudo, os medicamentos não tratam a causa da fobia, apenas aliviam os sintomas.
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O caso de Paulina Brandberg revela a complexidade das fobias raras. Embora essas condições pareçam incomuns, elas impactam profundamente a vida das pessoas afetadas.